Como proprietário de uma pequena indústria, você provavelmente já teve alguma experiência com empréstimos. Pequenas empresas, no início das atividades empresariais, podem contrair dívidas para gerar fluxo de caixa e para investir em crescimento.
Qualquer empréstimo — seja um financiamento empresarial ou um cartão de crédito — tem incidência de juros. No entanto, para calcular quanto ele realmente custará ao caixa de uma empresa, é preciso considerar o Custo Efetivo Total (CET).
O CET representa o total de juros, taxas e outros encargos que recaem sobre um empréstimo ou uma operação de crédito. Para entender melhor, abaixo explicamos como ele funciona e o que a sua empresa precisa saber a respeito dele. Acompanhe.
Custo Efetivo Total (CET): o que a sua empresa precisa saber
Se você obteve um empréstimo para capital de giro, provavelmente já pagou juros sobre o dinheiro emprestado. Apesar de o crédito ser comum em nossa cultura, não paramos e pensamos em quanto realmente pagaremos ao longo do tempo.
O CET contempla todos os tributos, taxas, encargos e impostos de uma operação de crédito. Ele é representado por meio de uma taxa percentual anual que incide sobre o valor total do empréstimo.
Em outras palavras, o CET foi criado para que o consumidor saiba exatamente o quanto uma operação custará ao seu caixa antes de assinar o contrato de empréstimo. Isso porque os juros não são a única taxa que incide sobre uma operação de crédito; ela também pode conter, por exemplo, taxas administrativas, tributos e seguros.
A divulgação e o cálculo do CET foram determinados pela Resolução nº 3.517/2017 e pela Resolução nº 4.197/2013, do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (Bacen). Desde a sua publicação, todo agente financeiro que fizer oferta de crédito deve informar, de maneira clara, o custo total da operação, para que o consumidor possa consultá-lo antes de tomar a decisão final sobre o empréstimo.
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Cálculo do CET: o que o Banco Central determina
A Resolução 3.517 também descreveu como o CET deve ser calculado pelas instituições financeiras e entidades de arrendamento mercantil.
O Banco Central determina que o CET seja calculado considerando os fluxos referentes às liberações e aos pagamentos previstos. Isso inclui:
- taxa de juros a ser pactuada no contrato;
- tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
- tarifas, como a Taxa de Abertura de Crédito, cobrada por alguns agentes financeiros;
- seguros, visto que algumas instituições os oferecem em caso de desemprego ou outras situações emergenciais;
- outras despesas cobradas do cliente, mesmo que relativas ao pagamento de serviços de terceiros contratados pela instituição.
Como utilizar o CET na hora de contratar um empréstimo
Conforme falamos, o valor do CET deve ser expresso em forma de taxa percentual anual e divulgado pela instituição financeira. Por isso, na hora de comparar ofertas de empréstimo, é importante que a empresa faça comparação por meio dele e não da taxa de juros.
Isso porque nem sempre o empréstimo com a taxa de juros mais baixa será aquele que custará menos à empresa, uma vez que os demais encargos podem onerar o valor total pago. Dessa forma, o CET é a forma mais confiável de comparar ofertas e optar por aquela que cabe no fluxo de caixa.
Como o cálculo do CET é complexo, além de informar a taxa percentual que é resultado da fórmula, a instituição financeira deve detalhar no contrato como o cálculo foi realizado e quais taxas, além dos juros, foram consideradas.
O consumidor também pode solicitar o cálculo a qualquer tempo junto à instituição de sua escolha, conforme a resolução do Banco Central.
Como saber se um empréstimo é vantajoso
O principal requisito para que um empréstimo faça sentido para a sua empresa é que você utilize o valor para investir em algo com potencial mensurável e obter um retorno superior ao principal e aos juros que pagará sobre a dívida ao longo do tempo. O CET poderá ajudá-lo a fazer esse cálculo.
Abaixo, estão algumas das situações mais apropriadas que podem exigir um empréstimo empresarial:
- se você inicia um novo negócio, precisará de espaço para escritório, equipamentos, inventário e algumas pessoas na equipe. Para a maioria das empresas, isso significa investir um valor alto no início, antes de começar a gerar receita;
- se você tem uma empresa de sucesso em um local, por que não a expandir? É possível investir no desenvolvimento de mais produtos, serviços, no marketing para um público mais amplo ou na abertura de filiais;
- se a sua empresa planeja investir em equipamentos novos e mais eficientes, um empréstimo pode ser a solução. Dependendo de suas preferências, é possível usar o próprio maquinário para garantir a operação e obter uma taxa melhor no processo;
- você também pode considerar obter um empréstimo para aproveitar uma oportunidade de negócio interessante que não está especificada nessa lista. Por exemplo, para comprar um concorrente menor ou adquirir os ativos de outra empresa.
Definir quando é o momento certo para obter um empréstimo requer diversas análises e, certamente, comparar o CET é uma das principais. Além disso, é preciso ter uma compreensão completa das necessidades da sua empresa, da sua posição financeira atual e do que você espera fazer com o montante.
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Então eu fiz um empréstimo de 5.000.00eeais gual e o custo efetivo CET