Renegociação de dívidas: tudo o que você precisa saber

Você sabe como fazer renegociação de dívidas? Confira as dicas que reunimos para ajudar a sua empresa nesse momento tão delicado!

De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 64% dos brasileiros estão endividados. Essa realidade pressiona muitas empresas, principalmente aquelas que trabalham com vendas a prazo. Várias não conseguem pagar todas as contas em dia e passam a dever. Nesse momento, a renegociação de dívidas é uma das melhores soluções, já que evita que a despesa cresça em um ritmo muito acelerado.

Sem dúvida, esse assunto é bastante relevante aos negócios. Afinal, as empresas que apresentam grandes dívidas e prejuízos tendem a encontrar dificuldades para manter as suas atividades. Inclusive, muitas delas podem entrar em falência.

Você está interessado em saber mais sobre renegociação de dívidas? Neste artigo, explicaremos detalhadamente qual é a importância dessa prática, quando é o melhor momento para renegociar, como fazer esse procedimento e quanto a sua empresa pode economizar. Confira!

Qual é a importância da renegociação de dívidas?

Primeiramente, a renegociação evita que as dívidas se acumulem rapidamente e se tornem difíceis de serem pagas no futuro. Trata-se, portanto, de umas das melhores saídas para garantir a saúde financeira do seu negócio.

Vale destacar mais uma vez que o aspecto financeiro é extremamente importante, pois ele possibilita que as organizações mantenham as suas atividades. Caso a empresa acumule prejuízos, ficará difícil garantir a sua continuidade no mercado. A renegociação de dívidas, portanto, ajuda a paralisar esse processo.

Além disso, os atos de buscar e fazer a negociação ajudam a sua empresa a, aos poucos, aumentar a sua credibilidade no mercado. Vale destacar que as organizações que atrasam pagamentos constantemente tendem a encontrar mais dificuldades para ter acesso ao crédito e para adquirir novos produtos no futuro. Dessa forma, a companhia terá dificuldades e limitações quando for necessário fazer novos investimentos.

Qual é o melhor momento para fazer isso?

Não existe uma resposta exata para essa pergunta que seja válida para todas as situações. No entanto, o quanto antes a sua empresa puder buscar a renegociação, melhor. Isso porque, com o efeito dos juros compostos, as dívidas crescem rapidamente. Se elas aumentarem muito, ficará mais difícil pagá-las e chegar a um acordo.

Como fazer a negociação?

A renegociação de dívidas pode ser um processo complexo. No entanto, há algumas dicas que podem ajudar você nessa tarefa.

Entre as melhores práticas nesse contexto estão: verificar os contratos com os credores; ver o quanto a sua empresa pode pagar; pesquisar opções alternativas; e negociar até chegar a um acordo.

Abordaremos essas questões detalhadamente na sequência do artigo.

Verifique os contratos com os credores

A primeira coisa a ser feita, antes mesmo de procurar os credores, é pegar os contratos de financiamento e analisá-los com a intenção de conferir se os documentos não apresentam irregularidades, como taxas abusivas.

Caso encontre alguma irregularidade, você tem o direito de procurar os órgãos defensores (como o Procon) e o Banco Central. Dessa forma, será possível utilizar a cláusula abusiva como argumento, o que aumenta as chances de você conseguir um bom acordo no momento de renegociar a dívida e melhorar as condições do pagamento do débito.

Veja o quanto pode pagar

Também é fundamental saber o quanto a sua empresa pode pagar em cada prestação, sem comprometer a parte financeira. Agora, você deve se perguntar: como saber disso?

Basta verificar qual é a sua receita líquida (após serem subtraídos os descontos fornecidos aos clientes, as devoluções de mercadorias, os impostos, os custos e os abatimentos) para saber o quanto a sua companhia terá disponível em caixa e, consequentemente, o limite a ser usado na negociação.

Nesse sentido, se houver alguma proposta por parte do credor que supere esse valor máximo, não é recomendado aceitar. Isso porque, caso opte pelo acordo, a sua empresa apenas trocará de dívida e, consequentemente, ela voltará a crescer com o passar do tempo.

Pesquise por opções alternativas

Outro passo importante a ser dado no processo de renegociação de dívidas é a pesquisa por opções alternativas. Você pode transferir a despesa para outra instituição financeira que apresente melhores condições de pagamento. Por isso, é de fundamental importância pesquisar as taxas de juros das outras instituições, os prazos para pagamento e benefícios oferecidos.

Vale destacar que, com essa pesquisa, é possível obter informações que ajudem na negociação com a instituição financeira, podendo resultar na oferta de melhores condições, ou seja, aumentando o poder de barganha.

Caso a empresa não esteja de acordo com as condições, é possível fazer a portabilidade da dívida a outra instituição financeira sem precisar abrir uma nova conta corrente, em alguns casos.

Negocie até chegar a um acordo

É importante destacar que não é obrigatório aceitar a primeira proposta oferecida pela instituição. Você pode oferecer uma contraproposta e tentar negociar de forma a fechar um melhor acordo.

Apesar de muitos considerarem o processo de renegociação como desagradável e intimidador, é importante estar munido de informações e dados que ajudem a embasar sua contraproposta. Assim, será mais fácil argumentar com o credor.

Saiba como fazer a portabilidade de suas dívidas

Vamos demonstrar como pode haver diferença nas formas de negociar as dívidas e fazer a portabilidade. Veja o exemplo abaixo.

Considere que uma empresa possua o saldo devedor em uma instituição financeira no valor de R$ 130.000,00, de um financiamento que contratou a uma taxa de juros de 4,5% ao mês, no período de 36 meses. As parcelas mensais seriam de R$ 7.358,75 por mês. Qual é a diferença entre uma negociação e uma portabilidade dessa dívida?

Na portabilidade, a empresa poderá portar o saldo devedor de um banco para outro, alterando apenas a taxa de juros, já que o prazo e os saldos permanecerão os mesmos. Logo, exemplificando, haveria a redução da taxa de juros de 4,5% para 2,5% ao mês, mantendo-se os 36 meses para o pagamento. Isso resultaria em parcelas de R$ 5.518,70 ao mês, valor bem abaixo do que estava sendo pago. Veja a tabela abaixo.

Portabilidade

  Banco A Banco B
Saldo da dívida R$ 130.000,00 R$ 130.000,00
Nº de parcelas  36 meses 36 meses
Taxa de juros  4,5% ao mês 2,5% ao mês
Valor da prestação R$ 7.358,75 R$ 5.518,70
Valor total a pagar R$ 264.915,00 R$ 198.673,20

A negociação, por outro lado, pode ser feita no mesmo banco, com alteração nas condições do financiamento, seja reduzindo a taxa de juros, aumentando o prazo para reduzir o valor da prestação ou buscando outro banco que forneça melhores condições.

Você está interessado em começar a renegociação de dívidas da sua empresa? Então, entre em contato com o nosso chatbot e veja como podemos ajudá-lo!

Nina do NAC

Uma economista de carteirinha. Adora as possibilidades que o conhecimento sobre crédito oferecem para empresas.

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