Para que serve o Fundo Garantidor de Crédito?

Você sabe como funciona o fundo garantidor de crédito? Descubra tudo neste post!

Você sabe o que é o Fundo Garantidor de Crédito? Basicamente, ele dá mais segurança a investidores, poupadores e correntistas, pois tem a capacidade de ressarcir os prejuízos causados por falências, intervenções e liquidações.

Vale destacar que muitas empresas investem em ativos de renda fixa por oferecerem mais segurança e apresentarem rentabilidade previsível. Nesses contextos, os envolvidos precisam ter a certeza de que o seu patrimônio está alocado em uma aplicação financeira segura e o FGC ajuda justamente nessa questão.

Está interessado em saber mais sobre o assunto? Neste post, explicaremos detalhadamente o que é o Fundo Garantidor de Crédito, como ele funciona, quais são os investimentos garantidos pelo FGC, quais são as aplicações financeiras que não são protegidas pela entidade. Abordaremos sobre a importância desse fundo para as pequenas e médias empresas. Acompanhe a seguir.

 

O que é o Fundo Garantidor de Crédito?

 Trata-se de uma entidade que gerencia uma proteção a investidores, poupadores e correntistas.

No Brasil, a principal delas é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma instituição privada e sem fins lucrativos. Os associados são a Caixa Econômica Federal, as instituições financeiras, os bancos de desenvolvimento, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as empresas hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo.

Todos os meses, os associados repassam um percentual de suas contas para o FGC. Nas situações de falência ou intervenção em uma instituição financeira, essa quantia será utilizada com a intenção de quitar o valor devido aos investidores.

Ou seja, juntas, essas instituições fazem contribuições com a intenção de dar mais segurança ao Sistema Financeiro Nacional.

É possível recuperar até R$ 250 mil em instituições financeiras associadas ao FGC em casos de falência, liquidação ou intervenção. Sem dúvidas, isso fornece uma segurança adicional às pessoas — sejam elas físicas ou jurídicas — que investem.

 

Quais são os investimentos protegidos pelo FGC?

Existem diferentes aplicações financeiras que são protegidas pelo FGC. Todos esses investimentos são de renda fixa, ou seja, apresentam um rendimento previsível. Por causa dessa característica, fica mais fácil para o órgão remunerar os prejuízos dos investimentos.

Poupança

Trata-se de uma aplicação financeira de baixa rentabilidade. Porém, é uma das preferidas dos brasileiros. A caderneta apresenta um rendimento de 70% da Selic mais a taxa referencial. Dessa forma, esse investimento apresenta uma rentabilidade anual de 4,2%.

CDB

Trata-se do Certificado de Depósito Bancário. É um título de renda fixa emitido pelos bancos e pelas corretoras com a intenção de captar dinheiro de pessoas físicas e, posteriormente, emprestar a terceiros.

O título pode ser prefixado (a taxa é definida assim que a pessoa contrata o ativo) ou pós-fixado. Os investimentos desse último tipo, na maioria das vezes, estão associados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que geralmente apresenta uma taxa em relação à Selic. Atualmente, um investimento que renda 100% do CDI tem rendimentos de 5,9% ao ano.

Existe também, uma terceira opção, que é a rentabilidade híbrida, ela mistura a rentabilidade prefixada à pós-fixada, por exemplo, 5% + IPCA.

Geralmente, as instituições financeiras de médio e pequeno porte oferecem rentabilidades maiores, pois precisam atrair mais investidores. Por isso, as condições nesses bancos costumam ser vantajosas em relação às companhias de grande porte.

A desvantagem é o Imposto de Renda na Fonte. Ou seja, assim que o indivíduo faz o resgate da aplicação financeira, há o pagamento do tributo. A alíquota oscila entre 15 e 22,5%.

LC

As Letras de Câmbio (LC) também são títulos de renda fixa. Esse ativo é emitido por financeiras e o rendimento dessa aplicação depende da variação de uma moeda em relação a outra.

Em momentos de baixa do dólar, por exemplo, é uma boa ideia adquirir LCs, pois a moeda norte-americana tende a valorizar e o investidor lucra com isso.

Nessa aplicação também há a incidência do Imposto de Renda (oscila entre 15 e 22,5% do valor dos rendimentos) e carência mínima para resgate (varia conforme cada papel).

LCI e LCA

Também são conhecidos, respectivamente, como Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio. Ambas as aplicações financeiras têm rendimento, na maioria das vezes, atrelado ao CDI. 

Vale destacar ainda que um dos aspectos positivos dessas aplicações financeiras é que não há a incidência do Imposto de Renda, o que contribui para aumentar a rentabilidade final do investimento.

Por outro lado, a liquidez pode ser reduzida e é necessário ter cerca de R$ 10.000,00 para investir nesse ativo.

 

Quais são os outros fundos garantidores?

Também existem os fundos garantidores de risco de crédito e o fundo de aval. Conheça os principais.

FGI

O Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) fornece garantias às linhas de crédito oferecidas pelo BNDES. Entre elas estão o capital de giro e a aquisição de máquinas e softwares.

O custo para utilização do FGI varia conforme o prazo do financiamento, o valor financiado e o percentual garantido pelo fundo.

FGO

O Fundo de Garantia de Operações (FGO) foi instituído pelo Banco do Brasil. Assegura crédito para capital de giro e investimento destinado aos gestores das micro, pequenas e médias empresas.

Vale destacar que o FGO garante até 80% do financiamento e o valor máximo garantido é de R$ 500 mil.

Fampe

O Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe) foi criado pelo Sebrae e busca complementar as garantias exigidas pelos bancos para a realização de empréstimos.

A entidade consegue garantir, de maneira complementar, até 80% de uma operação de crédito. Isso varia conforme o porte da empresa e a modalidade de financiamento.

 

O que é a Sociedade Garantidora de Crédito (SGC)?

A Sociedade Garantidora de Crédito (SGC) é uma associação empresária destinada à prestação de garantias complementares a seus associados. Possuem o objetivo de viabilizar o acesso a garantias por meio da prestação de serviços de avais técnicos e comerciais e serviços de assessoramento financeiro aos associados.

As SGCs fornecem cartas de fiança que servem para lastrear as operações de crédito tanto de capital de giro, como de investimento. Atualmente existem 15 sociedades de garantias de crédito em funcionamento nos seguintes estados: GO, MG, PB, PR, RS, SC, SP. Há um número maior nos estados MG, PR e SC.

 

Qual é a importância dos fundos garantidores de crédito para as micro, pequenas e médias empresas?

Como destacamos anteriormente, os fundos garantidores de crédito dão maior segurança para investidores, poupadores e correntistas.

Essa realidade também se reflete em relação às micro, pequenas e médias empresas. Afinal, muitas delas alocam parte de seus capitais em aplicações financeiras. Dessa forma, elas têm a segurança de que esses recursos estão investidos.

Além disso, os fundos garantidores de crédito permitem que as micro, pequenas e médias empresas consigam empréstimos junto às instituições financeiras com mais facilidade.

Nos dois casos, será possível financiar investimentos que contribuam para o crescimento do negócio no mercado, como contratação de funcionários, lançamento de produtos ou serviços e abertura de filiais, entre outros.

Você tem alguma pergunta sobre como os fundos garantidores de crédito podem ajudar o seu negócio? Então, em contato com o nosso chatbot. Ele ajudará a encontrar a resposta!

Nina do NAC

Uma economista de carteirinha. Adora as possibilidades que o conhecimento sobre crédito oferecem para empresas.

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