Guia do acesso ao crédito

Sabia que o acesso ao crédito de forma responsável ajuda no sucesso do seu negócio? Leia nosso artigo e saiba como alcançá-lo.

Ter acesso ao crédito é fundamental para quem deseja aderir a um financiamento. Por sua vez, essa é uma estratégia para quem está diante de uma oportunidade de crescimento e não possui o capital necessário para investimento.

Devido ao risco existente em conceder acesso ao crédito, a política de aprovação envolve alguma burocracia. Assim, é importante que a sua empresa esteja organizada e tenha conhecimento dos requisitos necessários.

Pensando nisso, elaboramos o presente artigo para auxiliar você nessa busca. Confira!

Sua empresa precisa de acesso ao crédito?

Primeiramente, é importante o questionamento sobre a real necessidade de um financiamento.

Ele pode ser tentador, principalmente quando existem problemas financeiros, por parecer uma alternativa fácil. No entanto, é essencial fazer uma análise interna, para só então buscar acesso ao crédito.

Para um melhor diagnóstico dessa situação, é essencial que os controles abaixo estejam atualizados:

  • controle de caixa diário;
  • acompanhamento/conciliação bancária;
  • controle de despesas;
  • controle do que é vendido diariamente;
  • acompanhamento de contas a pagar e a receber;
  • controle de estoques (mensal).

Por meio dessas informações, o gestor terá uma visão ampla do negócio e, consequentemente, verificará a necessidade de recorrer a um financiamento.

Em alguns casos, é possível adotar estratégias que são suficientes para corrigir a situação, sem a necessidade de recorrer a um financiamento.

Exemplo disso ocorre quando a empresa precisa de capital por ter políticas de recebimento e pagamento desalinhadas. Ou seja, ela demora para receber dos seus clientes, mas paga seus fornecedores em um prazo curto.

Corrigir essa situação poderá regularizar o caixa da empresa e evitar pedir acesso ao crédito de maneira desnecessária.

Então, como conseguir?

Dentre os motivos pelos quais você deve recorrer a um financiamento, temos:

  • implementação, expansão, modernização ou recuperação do empreendimento;
  • produção e aquisição de máquinas ou equipamentos novos;
  • aquisição de bens, insumos e softwares;
  • capital de giro;
  • exportação de bens e serviços nacionais;
  • aquisição de bens e serviços do exterior (no caso do BNDES, desde que não exista similar de origem nacional).

As instituições financeiras possuem linhas de crédito para finalidades diferentes; inclusive, cada uma delas tem exigências e custos específicos.

Se você já sabe o objetivo do seu financiamento, pesquise as instituições que oferecem acesso ao crédito com os menores custos e os melhores prazos para a sua realidade.

Em relação aos prazos, lembre-se de analisar quando o valor investido retornará sob forma de lucro, se o tempo desse retorno (payback) é vantajoso e se a empresa conseguirá honrar seus compromissos nesse período.

Elabore um estudo de viabilidade econômico-financeira

Uma opção para identificar a necessidade e probabilidade de êxito desse tipo de investimento é recorrer a profissionais para realizar um estudo de viabilidade econômico-financeira.

Ele consiste em uma análise profunda e detalhada sobre o impacto que o investimento que será realizado com a ajuda do financiamento terá sobre o seu negócio. Para isso, leva em consideração custos, despesas e fluxo de caixa.

O estudo de viabilidade econômico-financeira se preocupa com índices como:

  • payback: tempo de retorno do investimento inicial;
  • breakeven: ponto de equilíbrio entre despesas e receitas, ou seja, a quantidade mínima de produto que precisa ser vendida para que não se tenha lucro ou prejuízo;
  • Valor Presente Líquido (VPL): busca calcular o valor atual de uma sucessão de pagamentos que serão realizados no futuro, subtraindo uma taxa de custo de capital.

O estudo de viabilidade econômico-financeira também busca:

  • analisar o comportamento futuro do mercado, considerando aspectos passados e presentes;
  • entender o perfil gerencial dos sócios e administradores e as experiências pregressas deles;
  • saber como os produtos e serviços são aceitos atualmente pelos clientes e considerar cenários de otimismo e pessimismo no mercado.

Um estudo de viabilidade pautado em informações verossímeis e imparciais, dará mais segurança quanto à aplicação dos recursos. Com ele, o acesso ao crédito será facilitado, tendo em vista que comprova de maneira mais precisa a factibilidade do investimento.

Pesquise as diferentes opções de acesso ao crédito

Após a identificação da necessidade de um financiamento e a elaboração da análise de viabilidade econômico-financeira, é preciso verificar quais as opções disponíveis que estão mais alinhadas à demanda da empresa.

Nesse contexto, é necessário conhecer os tipos de empresas que trabalham com o acesso ao crédito. Dentre elas, temos:

  • bancos comerciais: são os mais conhecidos. Entre suas vantagens, temos a agilidade na captação de recursos e na disponibilização de produtos. Porém, em alguns casos, as taxas podem ser mais altas;
  • empresas de crédito: aquelas que não são bancos, mas que oferecem acesso ao crédito. Podem realizar uma análise mais detalhada do perfil do cliente. Por conta disso, há redução do risco e, consequentemente, taxas mais atrativas;
  • fundos privados: valores concedidos para companhias por meio de organismos que administram fundos. Trabalham com quantias maiores.

A opção por uma delas depende de aspectos como as taxas e os juros cobrados, os documentos que devem ser apresentados, a necessidade de comprovação da aplicação dos recursos, as garantias que serão oferecidas e os prazos praticados (para análise de crédito, liberação de recursos, apresentação de documentos para comprovar investimento e carência para pagamento).

Avalie as garantias exigidas

As garantias são exigidas pelo Banco Central e necessárias para diminuir o risco existente no acesso ao crédito.

Após escolher uma linha de crédito, verifique se ela exige algum tipo de garantia e se a empresa dispõe dela.

As garantias podem ser reais ou fidejussórias:

  • garantias reais: quando o credor disponibiliza um bem que poderá ser liquidado caso a dívida não seja paga. Como exemplo temos o penhor, a antricrese e a hipoteca;
  • garantias fidejussórias: quando terceiros se comprometem a quitar a dívida em caso de inadimplência. Como exemplo temos o aval e a fiança.

É essencial entender quais os tipos existentes de garantias e quais delas poderão ser pedidas pelo agente financeiro, pois sem o atendimento a essa exigência, a empresa poderá ter seu pedido de financiamento reprovado.

Reúna a documentação necessária

Esse é um ponto no qual você deve prestar bastante atenção, já que a maioria dos financiamentos demanda uma quantidade significativa de documentos  tanto da empresa quanto dos sócios , e nem todos podem ser obtidos facilmente.

Abaixo, segue uma relação de documentos que podem ser exigidos durante a análise de acesso ao crédito:

  • ficha de cadastro contendo informações de todos os sócios e cônjuges e comprovante de pagamento da Tarifa Cadastral;
  • cartão de CNPJ atualizado;
  • alvará de funcionamento;
  • contrato social, ata de constituição e estatuto ou declaração de empresário, adequadamente registrados na Junta Comercial do Estado;
  • todas as alterações contratuais, atas ou aditivos do último aumento de capital devidamente registrado na Junta Comercial;
  • ata de eleição da atual diretoria devidamente registrada na Junta Comercial;
  • atas ou aditivos de outras alterações devidamente registrados na Junta Comercial e assinados pelos sócios e por um advogado;
  • alteração da declaração de empresário;
  • balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício com assinaturas do contador e dos administradores da empresa, referentes aos três últimos exercícios, com indicação do número das folhas e do livro diário em que foram transcritos;
  • balanço de abertura e previsão de faturamento nos primeiros 12 meses, para empresa em implementação;
  • relação de vendas assinada por referente ao último exercício social ou do período decorrido, quando a empresa não houver encerrado seu primeiro exercício social;
  • recibo de entrega de Declaração de Imposto de Renda para empresa dispensada de apresentar balanço ao fisco federal, ou declaração de isenção, conforme o caso;
  • autorização para consulta aos sistemas restritivos e à central de risco de crédito do SISBACEN;
  • escrituras dos Bens Imóveis e Certificados de Registros de Veículos (CRV).

Mantenha suas informações cadastrais atualizadas

Caso seu negócio já tenha acesso ao crédito, mesmo que ainda não o tenha usado, é importante que mantenha o seu cadastro atualizado. Isso evita que, em caso de necessidade, ocorram problemas na concessão de valores.

Em muitos casos, ter acesso a crédito é importante não só para que a empresa continue em operação, mas também para ampliar suas instalações, atender melhor seus clientes e aumentar sua lucratividade.

Por conta do risco inerente às operações que demandam acesso ao crédito, existe burocracia junto às instituições financeiras para obter esse tipo de investimento. Por isso, entender os principais requisitos é importante para ter sucesso nessa empreitada.

Você ainda tem dúvidas sobre esse assunto? Teremos o maior prazer em ajudá-lo. Entre em contato conosco agora mesmo!

Nina do NAC

Uma economista de carteirinha. Adora as possibilidades que o conhecimento sobre crédito oferecem para empresas.

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Com o crédito certo, você consegue mais.

Cada linha de crédito disponibilizada no mercado existe para atender uma finalidade específica. Ao ter claro o perfil e a transformação que você quer ver no seu negócio, as chances de sua empresa conseguir o crédito desejado, sob as menores taxas possíveis, aumentam.